terça-feira, 1 de julho de 2008

La Capitana

bailaora, cantaora, filha de tocaor, ou seja, senhoras e senhores,
a grande

Carmen Amaya



No ano de 1913, a natureza passou por Girona, olhou para uma família de ciganos pobres de pecúlio mas geneticamente ricos de música e dança e resolveu implantar num ventre um vulcão de aparência franzina e traços duros.
A primeira lava surgiu num dia de Novembro e a última viria a extinguir-se, no mesmo mês, cinquenta anos mais tarde. Ficamos a saber que os vulcões, ainda que imprevisíveis, também têm rins que se cansam.

O pai tocava guitarra e era conhecido por El Chino, a mãe cantava e a tia tinha garra nos pés e na voz, com direito ao cognome de La Faraona.

Apesar de na Catalunha o flamenco ser arte quase indiferente, Barcelona ficou estarrecida com os dotes de baile da menina de seis anos que acompanhava os acordes do pai, talvez o único a desprezá-la enquanto bailaora. Queria-a cantaora. A mãe, sonhava-a Total, enquanto lhe improvisava os vestidos com restos nómadas de tecidos.


E a carreira provou que el baile foi dominante, por muito que, pessoalmente, adore ouvir a voz áspera e sem colocação, como se fosse um prolongamento da demência do corpo.




Mais crescida, mas já precocemente casada, como manda a lei cigana, pasmou Madrid com o seu fogo vindo das entranhas da raça. Sem escola de letras nem dança, sem amor mas com paixão no corpo, deu raiva, violência, brutalidade, tragédia aos movimentos que inventava sem aviso.

A fúria haveria de ser a sua marca.

Era o sentimento feito carne na batida veloz do taconeo. E a sensualidade no ondear da anca, acentuada pelo traje masculino: calças de cintura alta, jaqueta curta.

Provocava los desatinos, aquele sentimento tão espanhol de soltar as rédeas à loucura.





A Guerra Civil apanhou-a em digressão, salvo erro em Valladolid, e fugiu para Lisboa com a família, irmãos incluídos, que cigano que se preze, para o bem e para o mal, nunca corta o cordão umbilical, mesmo para além da morte.

Aqui frequentou e actuou no Café Arcádia, trocou timbres com fadistas (mais tarde tornar-se-ia amiga de Amália e de Teresa de Noronha), provocou paixões assolapadas nos homens, ataques de ciúmes nas mulheres, e partiu para Buenos Aires, Nova Iorque e Hollywood.

Quando Roosevelt a convidou, com honra, para dançar na Casa Branca, já não precisava de vestidos feitos de restos. Já era modelo de beleza exótica, disputada por vários costureiros, desejada no ecrã de vários realizadores. Chamavam-lhe the savage, the wild gipsy queen.




Em Nova Iorque chegou ao Carnegie Hall. Feito raro. Fez, por sua ideia, um espectáculo com bailarinos de Ballet Clássico. Sem perceber nada do dito, conseguiu num só e único espectáculo, juntar duas danças completamente opostas.

Quantas vezes a doçura não tem laivos de raiva e a violência não tem escondido o fogo doido da paixão.

Voltando a Espanha e actuando em Madrid, o todo poderoso espectador Francisco Franco, muito pouco tolerante com ciganos que inventassem para além do morno flamenco turístico, servido a espanhóis instalados e a americanos a brincar à aventura, não teve outro remédio senão engolir uma dedicatória em alto e bom som a todos os ciganos presos, fosse em defesa dos seus (para nós cruéis e arrepiantes), códigos de honra, fosse por oposição política.

Mas engoliu com líquido. Ao fim e ao cabo, La Amaya, recebida por vários presidentes e reis mundo fora, publicitava tanto ou mais a glória postiça de Espanha que o touro Miura.





Apesar de autoritária, e com a arrogância típica de quem parece ter subido meramente empurrada pelo sopro do seu Deus, defendia que a força das mulheres deve servir para protecção e alimento escondido dos homens. Neste aspecto foi utilizada como modelo pela Igreja, de que Franco era fervoroso aliado e dependente.

Morreu, rodeada pela família e, suponho, pelos vários maços de tabaco diários, durante as filmagens de “Los Tarantos”, nada mais nada menos que a peça Romeu e Julieta de Shakespeare em versão sanguínea cigana, mais tarde coreografada para uma companhia, também cigana, de dança. Imperdível, se vos der jeito.





Ficou célebre o funeral com farta romaria de ciganos de várias partes quer de Espanha quer dos arredores. Afinal, até ao fim da vida, nunca deixou de participar em todos os rituais, como qualquer cigana anónima e maltrapilha.






As sobrinhas, bailaoras e, de vez em quando, modelos têm tentado transmitir o estilo e as pouco protocolares poses. As opiniões dividem-se quanto ao sucesso da empresa. É, à partida, tarefa ingrata, convenhamos.





E coreógrafos, bailarinos e mais gente de outras danças não tem resistido à tentação de lhe tentar traduzir o magnetismo e o mistério. Exercício de pura imaginação que era ela mulher de segredos bem guardados.




Grande parte do bom flamenco que hoje se vê, obedece à técnica inovadora e revolucionária que lhe deu na cabeça criar. Sem, pelo menos aparentemente, método pensado. Talvez só suado no puro instinto.
Os teóricos que a sistematizem. Que esgravatem.


Vá-se lá saber que leis ou ordens regem os corações revoltos.




23 comentários:

Frioleiras disse...

E eu que gosto de flamenco... muito...

Dizes: "bom flamenco que hoje se vê, obedece à técnica inovadora e revolucionária que lhe deu na cabeça criar"...

Como não percebo de nada e muito menos de dança... só sei que gosto,
deste flamenco que hoje se vê...
(mas muito frequentado por estrangeiros....)

Adoro Espanha...

De flamenco e de zarzuela...

(Sempre que vou a Madrid vou quase sempre ao Teatro da Zarzuela, no Inverno... que é quando sabe melhor...
o teatro e a assistência
bem espanhois,
bem verdadeiros... ainda !)

Lizzie disse...

Pois, Frioleiras, há quem ache que os espanhóis (em sentido lato) estão em vias de extinção. E que a culpa é de los puñeteros anglosajones.

Quanto a flamenco, há vários tipos consoante as tribos e/ou cidades.
É uma dança complicadíssima. Cheia de regras. Assim como os palos (cantos). Vou aprendendo.

Pessoalmente gosto mais do "vadio", mais espontãneo e improvisado, do que o ensaiado.
Claro que implica passar noites em branco.Em alguns sítios aparecem sempre os mais mediáticamente conhecidos...e segue a dança.

Há outros sítios mas, só com escolta.

Também já vi uma sessão à porta de um hospital, a celebrar um nascimento. E num funeral (absolutamente arrepiante a encomenda da alma). E na chegada de uma pessoa, no aeroporto.

É uma linguagem com códigos.Uma forma de conversar.

Também acho graça ao chamado flamenco jazz sobretudo ao Enrique Morente, pai da Estrella. Deve ter lixa nas cordas vocais para o som de Lorca sair tão arranhado. Tão quente e rasgado. Tão velho.

Alien8 disse...

Lizzie,

Estou a ver... :)

Belo texto sobre a cantaora e bailaora, com o qual aprendi umas coisas que não sabia, nem de perto nem de longe. E belas fotos também.
A mim, também este post me deu uma ideia... um vídeo de Carmen Amaya, porque não? Peço desculpa pelo complemento, mas não resisti, e aditei-o ao meu post, onde já estava um vídeo do Leo Ferré.

Lizzie disse...

E fez muitíssimo bem, Alien!
Fica-se até com medo que ela salte para cima do piano do Leo Ferré e lhe sirva de tablao. De madeira já é.Não seria a primeira vez.

Segundo me contaram deu-lhe tal veneta saltadora em Lisboa, ali para os lados do Areeiro. Vendo tal gana, um meu tio-avô (senhor de trimestrais paixões fogosas como se fossem únicas na vida)tomou-se de tais amores por ela que ameaçou empreender voo suicida do Aqueduto das Águas Livres.
Acabou tudo em bem.
Nem o marido nem os irmãos esfaquearam o meu sedutor familiar, nem ele aterrou sem vida em Alcantara. Acabou por morrer inteiro aos 88 anos apaixonadíssimo, simultãneamente com o filho, por uma carioca aerodinãmica de 20.

E paixão tenho eu por uma canção cantada pela Carmen, só acompanhada de "batuque" chamada exactamente Maria de la O. Parecida, em estrutura, com o Barco Negro da Amália.

E, pelos movimentos da dança, no seu vídeo, ela está a jurar amor eterno e submisso.
Tudo é linguagem e código, como já disse acima à Frioleiras.

Obrigada, mais uma vez.

Lola disse...

lizzie,

Este post levou-me á procura da extraordinária Carmen, La Balaora Gitana.

Pequenina, racée, provocadora e cigana, com todo o mistério da sua cultura.

Sublime.

Obrigada.

Beijos

Lola disse...

e, já agora...

"Ella era de la raza de los insumisos, de esos que se apartan de los caminos y las reglas ordinarias, demostrándonos solamente que hay un tormento al danzar como hay un tormento de existir, una rabia de vivir. Danza tatuada de fuego, cuya sed no podía saciarse sino con la muerte". Patrick Bensard, director y fundador de la Cinemateca de la Danza en la Cinemateca Francesa

Alien8 disse...

Lizzie,

"Fica-se até com medo que ela salte para cima do piano do Leo Ferré e lhe sirva de tablao." !!! - Não me espantaria! Bela conclusão, a sua. Além de um tio-avô dos antigos, que nem terá sabido o perigo que corria - ou, se sabia, aplicou-lhe o melhor remédio para as melgas, que é, como se sabe, o desprezo:)

E acabou muito bem!

Curiosíssima a sua antecipação ao que eu pensava dizer (e talvez continue a pensar dizer) quando responder aos comentários lá no meu sítio: Não consigo deixar de estabelecer um paralelo entre este momento da Carmen Amaya no "Maria de la O" e o da Amália no filme francês "Os amantes do Tejo", se não me falha a memória, onde cantou precisamente o "Barco Negro" e deixou actores, produtores, realizador, enfim, quem por lá estava, de boca aberta e completamente esquecidos de que se estava a rodar um filme!!!

Vou procurar a interpretação da Maria de la O. Oxalá encontre.

E muito obrigado pela sua explicação do código.

Lizzie disse...

Lola:
ainda bem que gostou. É, de facto, um espanto. Como outras veneradas naquele país.
O texto que cita resume-lhe bem a essência.
Sempre, desde miúda, nas entrevistas e em particular, disse que no dia em que não fosse capaz de dançar como sentia a dança, morria. E morreu (já indico ao Alien onde está a "última valsa").

Da cultura cigana, genuína, em Espanha ainda há alguns focos. E de um deles, saiu a nova estrela: um rapaz de vinte e dois anos, bailaor. Não me lembro agora o nome mas...está preso em Sevilha e volta e meia dá espectáculos em festivais de flamenco com o palco adornado de guardas prisionais.
Por duas vezes não dançou porque não estava a sentir o duende.
Para eles não é uma obrigação, é um sentimento fundo e físico que começa no estômago e alastra pelo corpo.
E olha que é mesmo assim.

Suponho que a mania do Julio Iglésias de pôr lá a mão não tem nada a ver com isto:)Coitadinho.

Vaya!

Lizzie disse...

Alien:
fica prometida a história do tio-avô.

Entretanto quando se passa o vídeo no seu sítio e quando acaba tem uma barra com outros em baixo e
1-7 of 14

por cima do 14 tem uma janelinha a cores e botando o cursor diz homenaje a Carmen Amaya.

Foi essa a última vez que dançou, faltavam os tais dois dias antes de morrer.
Diga lá se esse fôlego final não é uma labareda de se chegar às lágrimas.
Segundo vários testemunhos, coincidentes, sentou-se, disse ao irmão Paco que estava muito cansada e que já nada valia nada.
Pronto.
Para o bem e para o mal quando um cigano promete uma coisa cumpre.
A honra da palavra é sagrada.

Quanto à música, tenho em cd, da colecção que está lá em cima: grabaciones Pizarra. Só por curiosidade, custam 1.50 euros porque fazem parte da divulgação da cultura espanhola. Os dvd 2.50.
Enfim, políticas diferentes.

Bom fim de semana.

Haddock disse...

"la capitana"?? melhor dizendo, la capitoa?? oras...
convenhamos, lizzie, que tamanha era a fúria do taconeo (assustámo-nos especialmente com a foto em que a bailaroa levanta o pé até à orelha) que não devia haver casco que lhe resistisse!!
entristeceu-nos ter a grande carmen tido de engolir uma dedicatória... isso não se faz, nem a água ardente!! mas o franco te-la-á engolido a ela inteira a seco (salvo seja). e quem sabe se a silhueta do touro miura não se sentava à sua exuberante passagem...


vénia...

Alien8 disse...

Lizzie,

Agradeço a indicação para encontrar o vídeo, aqui e no meu blog. Lá, disse onde o encontrei e o que mais encontrei... Obrigado ainda pela informação sobre o CD e o DVD. Políticas diferentes, de facto...

Aqui, fico à espera da história desse excelente tio-avô!

A Carmen cumpriu à risca a promessa, na opinião dela, porventura a mais segura. Mas, vendo aquela interpretação genial, fica-se com a ideia de que teria muito mais para dar. Quem sabe?

Bom fim de semana para si.

Emma Larbos disse...

Maria de la O porquê, Lizzie? Senhora do O é uma da invocações da Virgem Maria e representa-a grávida. O "O" é uma representação mimética da barriga grávida. Terá a ver com a Maria da cigana?

Emma Larbos disse...

Estive em casa do ALien a ver a Amaya. A mocinha tinha pêlo na venta!

pentelho real disse...

senhora de lizzie,
sem muito tempo para estas andanças, andava há uns dias para passar por esta vossa casa e não havia meio. mas consegui. em boa hora, aliás eu sabia isso.
e também sabia, embora vagamente, quem foi Carmen Amaya. assim estiquei o pouco tempo que tenho presentemente disponível e fui ao you tube.
a vós o devo. obrigada.
gostei.
e voltei a ler o vosso postal e, acreditai, comovi-me não com a história que contais, mas com a forma como a contais. sempre fico encantada com a maneira como escreveis. as palavras que empregais, algumas pouco correntes na linguagem do dia a dia maravilham-me.
e agora vou sair pois ainda quero visitar duas ou três casas mais e depois tenho que me ir deitar.
obrigada.

pentelho real disse...

nunca percebo isto: são duas horas e dezoito do dia sete de julho e no meu comentário anterior consta dia 6 dezoito horas e tal.
boa noite.

nnannarella disse...

Meu Arcanjo Bailaor, poderíamos dizer que a Carmen foi a Isadora Duncan do flamenco ?...
Ah, bendita Faraona que a trouxe aos tablaos, só pelo que também já vi no Alien.
E pensando-a em Lisboa,naqueles tempos conturbados em que toda a gente fugia para cá, julgo que provavelmente só por um triz não a transformaram numa Mata Hari...:)
Vayas e Vayas!!!

Lizzie disse...

Capitão:
pelas reproduções que vimos, o levantamento do joelho à altura da orelha e consequente baixar ao chão com estrondo foi uma das marcas da dita senhora.
Depois dela, e já na nossa era, muitas tentaram imitar. Não conseguiram. "Credos" que inté parece que querem matar baratas.

E, Capitão, quem engoliu a afronta da dedicatória foi o Franco. Como sabeis o pequeno galego não podia com giganos nem esfaqueados. Ora a moçoila que foi cigana nascida em barraca até morrer, deu-lhe para dedicar o baile aos ciganos presos.
E o pequenote de bigodinho, sendo ela internacionalmente reconhecida, não a pôde prender.

Quanto ao altivo Miura, penso que sempre a bateu em publicidade.
Fomos de reparar, no pouco que vimos do vitorioso jogo da bola, que nas bancadas havia muitas bandeiras espanholas com ele, em vez do brasão real. Foi-nos dito tratarem-se de republicanos, catalães e bascos incluídos.
Vêde a força do bicho que serve para tudo.

Continência

Lizzie disse...

Alien:
claro que tinha ainda tudo para dar, mas naquele tempo parece que a doença nos rins não tinha cura.
O que me faz impressão é como é que se consegue ter aquela veneta com o sangue já carregado de toxinas.

Escrevi promessa mas deveria ter escrito jura.
Promessa é coisa sem grande significado para os ciganos, agora jura...então se as fazem cruzando os dedos em frente da boca, é de fugir para bem longe ou de agradecer para toda a vida. Tanto podem vingar como proteger.

Hoje em dia as juras já estão mais atenuadas.
Há quem diga que todas as leis que tinham serviam para manter as tribos coesas, sem contaminação dos valores "ocidentais". Hoje já existem muitos casamentos mistos e muitas ciganas nas universidades.
A visibilidade do flamenco muito contribuiu para isso.

Lizzie disse...

Ai Emma, eu sei lá...
só sei que neste caso Maria de la O é uma rapariga que ganha a vida a dançar e a seduzir senhores basbaques ricos, com incesto à mistura. O filme tem um argumento complicadíssimo.

De qualquer forma os ciganos têm muito culto pela Santa Maria de la O e pela Maria del Carmen. São muito ligados às várias virgens, mais que a Jesus ou Deus (pelo menos antigamente, agora estão virados para as Manás e semelhantes de cariz protestante).

Para eles uma mulher grávida é mulher em estado de graça. Santificada. Talvez seja uma forma de proteger e prolongar a espécie: ter filhos, já que antigamente a taxa de mortalidade era muito elevada.
Nos conflitos mandam os homens mas as mulheres têm um papel moderador.

Existem muitas letras de palos dedicadas às grávidas e à santidade do leite materno. Aliás em certas tribos as mulheres exibem sem pudor o que a natureza lhes deu. Ainda hoje. E ai do marido que bata na mulher grávida. Segue logo jura.
Fora isso pode bater à vontade.

Lizzie disse...

Alteza, desde que construí o palácio que anda nele o tempo avariado.
Já só me oriento pela luz do sol, que por aqui é sempre muito tarde ou muito cedo. Que quereis? Não tenho relojoeiro!

Muito vos agradeço as visitas e palavras em horas tão tardias. Com vossas responsabilidades requere-se sono reparador e farto.

Descansai!

Lizzie disse...

Meu Anjo, vaya mujer, qué vulcón este, lo de la Carmen Capitana!

Não tem nada a ver com a Isadora. É o oposto. Esta era racional, baseada na história. Revolveu a dança tentando ir às fontes gregas, abandonando o Ballet criado por Noverre.
La Capitana tinha o sangue quente, não pensava. Dançava conforme lhe dava na bolha mesmo indo contra as regras estabelecidas.
Hoje era assim, amanhã era assado.
Quanto àqueles tempos e Lisboa...deixa-me ter um tempinho, que já fiz a promessa ao Alien.

Fuegos y fuegos, coño!

Alien8 disse...

Lizzie,

Pois. Promessa, e não jura :)

Marginal disse...

Sentindo muito por dentro o flamenco, sei que apenas tenho em comum, com quem o dança, a paixão pela vida!

Fora dos circuitos turisticos, tenho na memória um homem, que embora perto das Ramblas, mas fora delas, me deteve.

E durante 20 minutos me "possuiu".

O olhar altivo, a paixão da raça, o compasso do corpo, o suor, a musica nele.


Julgo que jamais esquecerei.

...e continuo...