terça-feira, 16 de setembro de 2008


...que botei nos dois posts anteriores este género musical, segue-se, estimados leitores e ouvintes, se fizerem a fineza e o obséquio, breve história da canção nacional espanhola mãe de tantas outras ,chamada


C o p l a
(sem referir métricas poéticas e estruturas musicais, aspectos técnicos demasiado complicados para a minha ignorância no assunto).




Dizem uns entendidos que é descendente dos cantos de amor e escárnio dos jograis da Idade Média. E, ou, porque contam histórias com princípio, meio e fim, dos Romances da mesma época.

Outros, que também reclamam sabedoria das origens, afirmam que nasceu nos portos da Andaluzia, sem pais certos a não ser o improviso anónimo, a simplicidade do senso comum e as histórias trágicas das almas femininas quebradas pelos instáveis e passageiros homens do mar. Sem esquecer os da terra.

Lendo-lhes as letras de antanho, lá estão os desgostos das paixões intensas mas fugazes.




Ni contigo ni sin ti
Tienen mis males remédio
Contigo, porque me matas
Y sin ti, porque me muero

……

Cinco sentidos tenemos,
Todos los necessitamos
Y á los cinco perdemos
Cuando nos enamoramos

Com alterações, lá foram sobrevivendo à passagem dos séculos. E lá se foram reproduzindo nas colónias espanholas da América Latina, deixando genes fortes sobretudo no flamenco, no tango, nas canções nómadas dos mariachis mexicanos, trepando mesmo até alguma música country and Western dos Estados Unidos.

A partir de meados do séc.XIX algumas têm assinatura de autoria pelo dois sexos mas até ao pós Guerra Civil do séc.XX, eram cantadas exclusivamente por mulheres. Consta que sempre foram veículo da mágoa feminina.


Vem a propósito dizer, que as coplas se caracterizam por ter música fácil de memorizar, boa de entrar no ouvido e não sair “da cabeça”, mesmo contra a vontade do ouvinte. Já me aconteceu.

Ao contrário do flamenco, cantam-se a aspirar a casa, a preparar o jantar ou a tomar duche, a cuidar da horta ou na fábrica.

Frederico Garcia Lorca, Rafael Alberti, António Machado foram letristas de dezenas e dezenas delas. Aliás o baú do primeiro parece não ter fundo.

O regime de Franco promoveu as que glorificavam Espanha grandiosa, fosse em forma de mulher ideal temente a Deus e amante da raça toureira máscula e destemida, ou de pátria intocável, dona das verdades do mundo.

Passaram a ser prato constante dos espectáculos de variedades oficiais para não falar na produção em série de filmes musicais.



Escapavam à ditadura as que, por meias palavras, iam denunciando o regime, cantando-lhe as agruras e falsidades:

Cazador sálio a cazar
Patitos en la laguna
Salió el patito y le dijo
Cazarás, pêro la pluma!

Depois da morte de Franco, as desgraçadas das coplas quase o acompanharam na tumba. Mas estavam habituadas a sobreviver. E continuaram, embora em voz mais baixa.

A surdina durou pouco tempo. A Movida madrilena ligou os altifalantes.
Rocio Jurado foi elevada a deusa no canto do sofrer os amores traiçoeiros




e Isabel Pantoja (para mim uma fobia, credo) tornou-se ídolo de travestis na feminilidade dorida.
Até hoje, não há filme de Almodôvar que não inclua uma.

Na altura, a extrema direita classificou, e continua a classificar, o género como traído, vítima como a raça, da venda a “maricones” e a “bolleras”(termo correspondente para lésbicas).

Nada mais falso:
Plácido Domingo, fã,




cantou-as, às vezes acompanhado por Monserrat Caballé;

Paco de Lucia e outros musicaram-nas.

Muitos nomes, de diferentes quadrantes políticos e sociais continuam a produzir e a ouvir os cantos de amor e mal dizer, seja nos mais sofisticados cenários e encenações




ou, como sempre, nos sítios mais vulgares.




Nos dias que correm estão em alta e são adaptadas às circunstâncias, ajeitando-se a qualquer gosto e vocação sem perderem as caracteristicas básicas com que chegaram até aqui.



Podem ter o toque de flamenco (da Estrella Morente p.ex), da zarzuela, do rock ou do jazz, como o cantado pela, de sugestivo nome artistico, Martirio,


especialista em em vestir com nova roupa as mais antigas histórias, como esta copla oitocentista , (prometo que é a última que boto nos tempos mais próximos) aqui cantada pela "Amália" da Coplas, Concha Piquer.


Pessoalmente, só gosto de algumas, sobretudo as mais antigas (espanhol por espanhol prefiro o fogo corporal do flamenco), mas olhando em volta, e suponho que já desde o fundo dos tempos, muitos olhos por aí, seja qual fôr a razão, vão cantando:

Qué me sirvan quatro tragos
Com dinero yo los pago
Pá calmar este sufrir.


Tlin tlon









30 comentários:

Haddock disse...

lizzie, sentimo-nos a folhear a Hola (podia ser a Maria) de um antigo consultório médico, decorado a fotografias de doentes com maleitas terminais, e em cuja salinha de estar (cadeiras de pau e uma mesinha ao centro sobre um oleado florido), aparecem empilhadas umas quantas revistas puídas, que a esposa do médico (este padecente de sovinice aguda) e também sua secretária, se dispôs a partilhar com os utentes analfabetos e que carinhosamente guardou dos alegres tempos de solteira...

e nada como cantigas de escárneo e maldizer. medievais ou ultra-contemporâneas... mas tudo com muito respeitinho. belas coplas!

vénia...

Emma Larbos disse...

Ah, a minha amiga Rocío e o seu sentido trágico da vida (onde é que eu já ouvi isto?)!
Já sabes, Lizzie, que sou fã dela. Lembro-me de ter 18 anos e ouvir o "Si amanece"
(http://br.youtube.com/watch?v=5QjQ3TQ3ZJA)intercalado com Janis Joplin e Freddy Mercury. Não me fazia impressão a mistura.
De outras "copleiras" conheço pouco mas duvido sempre das teorias que fazem remontar tudo aos jograis. Tadinhos! Foram um fenómeno que se extinguiu lá por meados do séc.XIV e depois disso vieram tantas outras coisas! Se é pelo tema da mulher abandonada ou sofredora, credo!, já existia antes dos jograis em muita parte, nomeadamente na Espanha árabe e na poesia dos judeus hispânicos (bateria mais certo com as origens andaluzes).
Mas enfim, que algumas são bonitas, lá isso são!

Vanda disse...

Lzzie,

obrigda pela partilha da cultura coplada :)pois que eu não sabia a historia de tal genero musical, nem que tão pouco tinha nome de "familia"!

Podes chamar-me inculta:)

Ao ouvir a musica que aqui nos ofereces, lembrei-me de alguns filmes espanhóis passados na tv, ainda num tempo a preto e branco...

Também prefiro o Flamenco :) embora acredite no valor social das mensagens de escárneo e mal dizer e na terapia avançada que deve ser, canta~las enquanto se aspira a casa :)) aspirar-se-ão também as mágoas de amor?

Beijos

Lizzie disse...

Capitão:
somos de ficar de boca aberta, tipo Isabel Pantoja quando canta

"me enamOré, no puedo hAcer nAda, me enamOré..."

com os vossos dotes de aderecista!
Espantoso!

Juntai também a revista A.R. (não, não é Assembleia da Republica, é diminuitivo de Ana Rosa Quintana, apresentadora de programas televisivos "cursi" palavra espanhola para foleiro a olho mas de interesse sociológico e distractivo. Mais ou menos.
Ponde também o Gonçalinho a limpar o nariz enquanto a mãe sonha com o Rafael e com o Manolo Escobar em forma de marido ideal.
Esquecei o Julio Iglésias que, embora tendo a mania, nunca coplou na vida. Não passa, coño, de uma adulteração do género.

E as de mal dizer são deliciosas de subtileza e senso de humor. Já há sobre o Zapatero e seus ministros passando pela Letízia, que tanto as anda a pedir.

Continência

(e será o papel que forra as paredes às ramagens ou com Miuras já sumidos? Gostamos particularmente do laço vermelho que adorna o pescoço da secretária)

Lizzie disse...

Emma:
falas-me tu das misturas? É lá coisa que me faça confusão!

Muito entrados os noventa, costumava ir a um restaurante que também era galeria de arte fotográfica bailarina, teatral e de moda mais hot club do sítio, muito giro e misturado no Chueca,bairro oficial da morada gay de Madrid e, no percurso a pé, não imaginas a quantidade de clones travestidos havia da tua Rocío e da tal de Pantoja.
Ai mulher que eram tantos ao despique.
Alguns tinha aparelhagem aos pés para fazer os play-back. Dia e noite.
Do outro lado da praça estavam as mulheres travestidas de copleros. E às vezes brigavam e saíam cenas dignas de porto encharcado de "copas de aguardiente".

Aí sim, fazem lembrar origens na Andaluzia...)

Seja com fôr, há coplas lindíssimas quer em música quer em letra. E algumas, muito antigas, falam de amores mouros. Quanto a judeus, há um ramo que se chama mesmo copla sefardita (ou sephardita, não sei). Aí não se cantam tanto os amores mas mais as fugas e errãncias: o andar perdido sempre à procura do destino.
Há quem diga que foram estas que mais influenciaram o tango.

Lizzie disse...

Vanda:
chamar-te ignorante, eu? Credo!

Ouvia-as, voluntária ou involuntáriamente, tanto que é inevitável não ter curiosidade sobre elas. São uma instituição, mãe de família de tantas outras músicas.

Quanto a filmes, tenho alguns, como este que botei aqui com La gran coplera Lola Flores. São óptimos para ver quando não nos apetece fazer nada nem pensar em coisa alguma. Acabam por ser divertidos e funcionam como documentos sobre os valores das diversas épocas.

Mais divertido ainda é imitar aqueles trejeitos tão teatrais. Quando vou a Madrid é só me dar na cabeça. E sem copas de aguardiente. Ao som das orquestrações dos anos trinta, quarenta e cinquenta.
Qualquer dia fico mesmo enfiada no colete de forças:))

Pode-se dançar flamenco enquanto se lava a loiça, mas muito a brincar, porque o flamenco é mais solene e requer, mesmo quando é só cantado, um certo envolvimento físico para além da concentração.

As coplas são óptimas para trabalhos manuais e chatos, tipo arrumar livros. Bota-se o cd e vai-se trauteando.

Quanto a curar males de amor, hum, acho que não. Mas enfim, ele à para todos os estádios amorosos, desde a paixão assolapada:

Si un día piensas matarme
no necesitas puñal,
con sólo dejar de amarme
el golpe será mortal.


à tomada de consciência que às vezes os amores são egoístas:

Si quieres que yo te quiera
lo será con condición
que lo tuyo sea mío
y lo mío tuyo no.

ao reconhecimento que há amores que não duram toda a vida:

Que te quise cierto fue,
que te olvidé, no es mentira;
que las hojas en las ramas
no duran toda la vida.

até ao vale mais só que mal acompanhado:

Amores y dinero
quitan el sueño;
yo, como no los tengo,
muy bien que duermo.

Ora fica-te com estas:))



Beijinhos

Lizzie disse...

e desculpem que ando dislexicazinha de todo, ai que isto está pior.

Oh Vanda, então não escrevi à de haver sem H.

Faço ideia aquelas que eu não noto...

Lizzie disse...

Ai Emma, que esta errata é para ti, que és mulher de precisão nestas coisas do tempo:

onde digo que iam bem entrados os noventa, deve ler-se OITENTA. Pués claro, mujer, el tiempo esse de la movida.

Vou mas é dormir a ver se acerto melhor nas teclas.

Emma Larbos disse...

As coplas sefarditas (ou sepharditas, é a mesma coisa)devem ser lindas! A errância (tema muito judaico da diáspora, claro, que os desgraçados vieram de longe e nunca os deixaram pertencer a lado nenhum) deve ficar interessante cantada em espanhol, que dizem que é língua de paixões imediatas e assolapadas. Dizem... porque essa coisa da alma das línguas também é mais aquilo que se quis ver nela do que o que ela realmente tem. Enfim...
E deixa lá os Oitenta. A gente sabe que nessa altura tu ainda não tinhas idade para ir para a Chueca. Andavas de mão dada com Maria Papoila e o Gonçalinho a brincar às escondidas com a Profª Maria Augusta da Encarnação.

Vanda disse...

Lizzie,

Claro que agora já sei reconhecer "una copla! gracias a usted" que tanto ilumina as erraticas lacunas do que se nao se viveu ou, a bem dizer, que nunca se tinha até à data, desvendado a meus olhos...

Na minha última estadia em Barcelona, aluguei um apartamento nas "ramblas de Raval"que pelo que descreves do "Chueca", devem ser identicos...Nos bares à noite, também havia algumas tentativas a Rocios, que ao partirem, já ao amanhecer, saíam abraçados a los outros, que não tendo bebido ou se desiludido tanto ao longo da noite, conseguiam posturas mais verticais...

Também neles, as expressões eram dramaticas, teatrais de excesso, olhos sequiosos de uma qualquer descoberta que a noite tardava em oferecer...

Também gosto de descobrir esse lado da noite, mistura vadia e de contornos indefinidos, quase surreais...


E embora conheça Madrid de alguns fins de semana prolongados, nunca lhe conheci a movida nocturna...e há 10 anos que não a visito...

E ficando com as coplas que me deixas :) cá sigo caminho...

...que tenhas um bom dia amanhã :)

Ps-Lizzie eu sei que tu sabes escrever há de haver :) a mim também acontece a queda de letras :))

Alien8 disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Alien8 disse...

Lizzie,

Já tinha ouvido falar das coplas. Já tinha ouvido muitas. E lido outras tantas, precisamente dos autores que indicas. Lembrei-me agora mesmo das "Coplas por la muerte de su padre", de Jorge Manrique, que por aqui tenho no excelente CD duplo "Paco Ibañez no Olympia" (em tempos, tive o álbum duplo, mas perdi-o, valham-nos os CDs...) Procurei-as no You Tube e encontrei-as, para quem quiser.

O que desconhecia era a história das coplas e as suas derivações (até à Country & Western!!!), e agora, graças a ti, já conheço.

Fáceis de cantar e de entrar no ouvido, teriam necessariamente de ser aproveitadas pelo franquismo, o que me faz lembrar uma certa forma de canção cá destes sítios.

As imagens que escolheste são, como sempre, magníficas, mas deixa-me tirar o chapéu à Lola Flores! E a ti também, pois então!

Um abraço.

P.S.: Apaguei o anterior por erro no link.

pentelho real disse...

em semana de retorno às aulas gostei muito desta primeira lição.
adoro-a setôra...

Lizzie disse...

Pssôra Maria Augusta da Encarnação:

Pa já agente já fomos maiz velhas du que somos oje. Agente gostamos de viver ao cuntrário quando apetece nagente!!!!!!!!!!

A Lizzie é que está sempre maiz velha. Agente num estamos. O Gonçalinho tamem num está.

A Chueca é o Bairro Alto. Mas este é envergunhado e pequenininho ao pé do Chueca. O Chueca tem mutas lojas pa frente. E maiz se a Pssõra num tiver sono na noite pode cumprar livros mais discos lá puque nunca fecha e se tiver fome tamen e só pode cumprar casa lá se for muita rica puque é cosmopolita e Pssôra pa ir lá num precisa de vestirsse de homem. Pode ir cu carrapito e cu essa saia às rodas cu flores mais as sandálias e os sóquetes.

Prontos. Agente vamos por os olhos no chão otra vez. Agente tamos diprimidas puque já num temos boquerones pa comer nem rosquilhas nem gaspaxo. Agente já comemos tudo ca gente trouxémos. A lizzie dis cagente somos alarves.


Maria Papoila

Lizzie disse...

Emmita mía:

Não sei se as línguas têm alma, mas, de facto, o castelhano tem muita musicalidade quando bem falado.Quem resiste ao dito na voz do Miquel Bosé a ler textos? Então quando diz (não a cantar) as trovas de amor medievais...enfim... é espanhol, logo de alma apaixonada.

As coplas sefarditas são lindas. Mesmo na época dos espectáculos de variedades, eram acompanhadas só de guitarra e/ou de acordeão passando pela, imagina, sanfona. E mais ainda de coisa nenhuma: só a voz. Primo de Rivera proíbiu-as. Franco odiava-as.

E já que gostas de misturas, vou botar aqui uma copla sefardita com letra, supõe-se do séc.XVII,em que a lua serve de metáfora ao destino dos judeus com os seus "eclipses" provocados pela inquisição. É um lamento.

Aqui está cantada em tom de flamenco com a influência clara da estrutura do canto sefardita. Ou vice-versa.

Cantada por outra voz, foi dançada há uns bons anos em "modelo" contemporãneo. O que se ouve atrás do canto eram, na altura,os pés dos bailarinos arrastando-se no palco com areia, atrás de uma Pssôra bailarina solista, alternando com outra que, vindo mesmo a calhar, tem um sulquinho na ponta do nariz.

Lizzie disse...

Vanda:
os dois bairros são de facto parecidos, embora a Chueca seja mais vanguardista no sentido de ser poiso das mais experimentais e internacionais galerias de arte, lojas de estilistas, de design e por aí fora.

Hoje já está mais calmo, mas na altura havia uma explosão de travestis. Comentávamos muitas vezes, a carga imensa de solidão, de conflito interior que havia ali.
A pancada começava com os insultos dos homens às mulheres que desperdiçavam o facto de serem mulheres. Ou com o contrário. Era deprimente todo aquele ambiente de ilusão, de desconforto confortado na tragédia das letras das coplas.
A parte teatral vem, penso, do exagero na imitação dos tiques femininos e masculinos.

E tanto a Rocío como a Pantoja seguem um modelo de interpretação teatral de um senhor chamado Delsarte (já fiz um post sobre isso, vou procurar se quiseres) misturado com os trejeitos árabes,judeus e ciganos.
Os gestos também têm história.

E, olha, na altura era eu que vinha passar fins de semana a Lisboa:)

Bom caminho, beijinhos.

Lizzie disse...

Alien,

esta não conhecia. Obrigada!
E as do Juan Manuel Serrat? Mais dos Aguaviva tão Lorquianos? Também deves conhecer.

Tanto quanto julgo saber foram parar aos EUA na altura da febre do ouro e, mais tarde, ao delírio do petróleo. Os emigrantes da América Latina levam-nas como lamentos "por su tierra".
Na música há country que é quase igual e em Santa Fé chegámos a ouvi-las...traduzidas. Fica bizarro, sobretudo quando no meio do inglês aparece a palavra soledad. Sózinha.

Um Abraço

Lizzie disse...

Alteza:

é bom ter alunas como Vós!
Dá gosto ensinar!

Muito vos agradecemos a atenção, já que por causa do pesadelo que é a V. vida no palácio, vos deve ser difícil a concentarção.

E que novas me dais da V. alergia?
Latejais menos?

Vossa

pentelho real disse...

senhora, vim aqui há dois minutos e não havia lugar para comentar, mas agora, felizmente já está normal.

quanto à minha alergia, o aerius 5 está a resultar.

um beijo

Haddock disse...

maria papoila já pedistes tansfrencia de turma?
a minha mãie já poz recrimento com aviso na resseção. dizem que a pssôra da turma do tomané e da com estanssa é bué de fixe. num sabe nada!
mas axo que á prasos para mudaris. despaxa-te!

gonçalinho

Lizzie disse...

Alteza:

o aerius 5 não consta da lista da minha botica. Reservado tenho um tal de actifed e outro de nome constipal que, Alteza, nem que a Estrella Morente gritasse os seus ais nos meus tímpanos, me acordaria, tal é a sonolência.

E lamento as birras desta minha casa, mas ficai sabendo que muitas são as vezes que cavalgo até às de todos os meus ilustres visitantes e encontro os portões fechados, tal é a fraqueza desta minha internet.

Bom fim de semana

Vossa

Lizzie disse...

Gonçalinho

pa já agente num sabemos se cremos mudar da turma puque tá lá o Afonsso qué anormál maix a Juana Vanesa que cheira a Kitoso puque tem piôlhos crónicos que num morrem mais o Diniz e agente tamos fartas deles puque vamos na mesma carinha pá escola e maix pra casa e a Lizzie dis que gosta maix da psôrra maria augusta puque a fixe num sabe nada e agente ainda ficamos mais burras se não levarmos carolos da Psôrra Maria Augusta e se calhar agente vai escerver para a puteção dos menoris para mudarmos de Lizzie que num deixa agente ir aos taparuéres comer as coisas espanhólas quela tem lá cumo o queijo com coisas asuis no meio quengorda.
A Lizzie tá achamár agente pa irmos pó carro que tá muita tramsito e ela tá cu pressa. Agente vamos amuar pa ela irritarsse e amuarsse tamém puque amuada num fala e vai calada.

Prontos

casa de passe disse...

Palavra de honra, JURAMOS, que quando abrimos os comm. iamos a pensar na Hola e logo o prezado capitão nela falou!

Mas, não concordamos com ele. Não podia ser a Maria!!!! porque lemos semanalmente a Hola e as vedetas são elas pois, que não poderiam aparecer na Maria!! A Rocio Jurado A Concha Piquer, A Pantoja, a família da defunda Lola Flores, a par com uns futebolistas e uma ou outra infantona.

E gostamos! Deliciamo-nos com o novo nariz da pseudo-"princesa" Letícia (que nome, poderia ter sido Vanessa ou Sonia ou Sandra, tanto fazia!!! Ao que chegou a monarquia! E ela de leque!!!!).

Bem deixemo-nos de bisbilhotices e venham tomar um licor de anis e uns caramelos connosco! Também temos jamon serrano e pão espanhol!

(Nini+Loulou+Alice mas sem o Avô e sem o safado do João

casa de passe disse...

Ah, e um Cliente nosso deixou cá o "El canto espiritual Judeoespañol". da Alia MVsica (de Miguel Sánchez)

Interessante para quem goste, como nós, tanto de Espanha!


(Nini+Loulou+Alice mas sem o Avô e sem o safado do João

Haddock disse...

...

bote-se, então, em cima da mesinha da sala de espera uma jarra de flores de plástico sobre um naperon, e, na prateleira de baixo, umas revistas reader's digest e pirata!

tanta coisa com os adereços...

Anónimo disse...

21 de Setembro

Parabéns!!!!


Que vivas muitos assim como és!

Grande!

Imensa

Generosa





Com a M Papoila nesses olhos grandes de mar!!!:))))))))


Mil Beijos





P.

Lizzie disse...

Casa de passe:
vá lá que hoje não estou mal disposta...

Vale mais ouvir o "el canto..." que o Emanuel ou a Ágatha.

e as revistas dos famosos espanhoolas têm mais cor e menos poses fabricadas à pressa que as portuguesas!

Pela Letizia não morro de amores.

Lizzie disse...

Capitão:

imaginai que ontem fomos a um sítio em Lisboa, que já foi genuína tasca louca de bom nome e agora virou "espaço gastronómico cheio de salamaleques irritantes (haverieis de ler a extensa literatura para bitoque, caldo verde e patanisca) e eis que na casa de banho deparamos com vários vasos de violetas plastificadas em roxo e verde duvidosos. Adorámos o requinte da clorofila...

Sois de facto barbudo de largo talento aderecistico. Ai o reader´s digest... e o didactismo das pastilhas pirata ( cor de rosa, salvo erro), de que temos memória, embora nunca tivessemos hábito de as mastigar, logo nunca fomos habilidosas em produzir balões:)

Se bem nos lembramos fizémos colecção de cromos e entrámos naquele útil jogo social da troca.

Depois passámos a comprar casinhas de papel recortadas para erigir.
Tinhamos ideia de ser arquitectas quando grandes.

Grandes ideias as vossas.

Continência

Lizzie disse...

P.

Obrigada e comovida com os teus imerecidos exageros. Tu não me ponhas a chorar!
Fico sem coragem para ralhar contigo!

Quando chegares à minha idade:) vais sentir a necessidade dessa "generosidade". Já vi que tens sementes que eu nunca tive,nem nunca vou ter, talvez por falta de paciência.

E desculpa, vim a galgar, à pressa, km com música em altos berros.Não ouvi!

Fica para hoje ou amanhã! Sem falta!

Com ternura, minha e da Maria Papoila:))

Alien8 disse...

Lizzie,

Vi ali acima uns Parabéns. Fizeste anos, suponho. Nesse caso, um abraço de Parabéns já fora de tempo, mas sentido. Outro da Lola, muito ausente destas lides. Que tenhas tido um dia especial, e que continues a ter os dias especiais que mereces!

Sim, conheço as coplas do Serrat e dos Aguaviva :)

Um beijo.