Segue o presente por inspiração da Excelentíssima Senhora Emma Larbos, após ter mencionado o facto de serem os ingleses deslavados, pondo a minha parte espanhola rebolada de riso e satisfação, a minha parte inglesa de olhar altivo e pescoço esticado, oh these natives, e a minha parte portuguesa a cantar: ó malhão, malhão, que vida é a tua? comer e beber, ó trilintintin, passear na rua.
Os conhecimentos do que vou expor, partiram de convívio com um senhor, e respectiva família, que antanho chegou a Portugal e se comoveu com a oferta espontânea, por parte de um nativo que não o conhecia de lado nenhum, de um cesto de maças.
E que, mais tarde se tomou de encantos por senhora, também nativa, morena de olhos negros e pestanudos, amazona dotada de voz de rouxinol da qual foi tomando nativos hábitos quase se esquecendo dos seus incubados na insularidade.
Com ela teve casamento e descendência de cuja prole desembocou criatura de sangue assaz confuso chamada Senhora Doña Lady Lizzie, neste nosso mundo teclado assim baptizada por Signora Nnanna.
Serve também o presente para indicar alguns modos de ser de tais gentes referindo-se, principalmente aos formatos da classe média, semi-média, alta e semi-alta, aristocrática com séculos de história , cinquenta anos ou apenas alguns dias. As diferenças são para se respeitarem e cada um deve ter orgulho na sua, não se tolerando presunções nem água benta, exigindo-se que todas se portem com dignidade nas cordiais relações umas com as outras. É imperdoável que a "superior" não cumprimente a "inferior" ou não agradeça um serviço prestado.
Primeiro, e antes que me esqueça, nunca devem os portugueses leitores elogiar seja o que fôr das terras de Espanha, das de so rude Spain. Nem de França. Nem de Itália ou Vaticano. Nem dos nórdicos. Nem Ásia nem África. Terão como presente o apoio incondicional nos jogos de futebol. Não manchem, portanto, a portuguesa fama de serem very kind indeed, the one´s best. Os únicos que se aproveitam na Terra e arredores.
Assim deve-se cumprimentar um inglês sempre com aperto de mão, de preferência frouxo. Aquele enérgico aperto latino, pode-lhes partir os frágeis ossos, tão carentes de cálcio por falta de sol. Beijos, ficarão para o quinquagésimo encontro, quando souberem a vossa idade, ou com algum deles terem casado ou tido juntamento.
Não se espantem se receberem um cartão a convidar para um chá na morada com a menção de horário:

Nunca se deve perguntar se alguém está bem de saúde . As maleitas de cada um são assunto privado . Odeiam conversa de Centro de Saúde. É de bom tom estar a morrer e continuar a falar do tempo, ou da beleza das rosas do jardim, mesmo que não passem de miragens sem esquecer o corte rectilíneo dos arbustos. Eventualmente, pode o quase defunto referir-se ao extraordinário trabalho de carpintaria do caixão bem como ao estado da relva no cemitério.

Ninguém tem desculpa para se portar de forma menos própria, tendo como filosofia , quase sempre, não pisar o território alheio nem tornar as coisas desagradáveis, porque existem no mercado, desde tempos imemoriais inúmeras edições de livros de modos e etiquetas, alguns escritos com senso de humor. Com o britãnico senso de humor: leia hoje, ria amanhã. Ou melhor sorria. Melhor ainda: não ache piada nenhuma.



Criaram uma forma de arte, irónica e sarcástica, em que toda a liberdade de opinião é possível. Já o era, em germe do que é hoje e em termos populares, no reinado de Her Magesty Queen Elizabeth the First: a pantomima. Tudo se critica, sobretudo os próprios ingleses, que diga-se em abono da verdade, têm um talento especial para rir deles próprios. Sempre com liberdade sagrada
ou não estivesse este senhor a comparar outros tempos com o paternalismo do Estado que hoje em dia está tão na moda em relação à vida privada dos súbditos. Coisa tão inconcebível que pede palhaçada: my house is my castle.
Mas enfim lá continuam como são. Conservadores e audases, pragmáticos e tolerantes entre o respeito pela história e a abertura aos novos ventos, tendo como capital uma das cidades mais cosmopolitas do mundo.
Pela minha parte, if you don´t mind, i wish you from the deep of my heart, a wonderfull weekend, as fine as posible, and thank you for your precious time.
Do you think it will be raining tomorow?
Oh, Good Lord, i hope not!
It´s really very unpleasant, don´t you think, my dear friend?
Oh yes, indeed?
What do tou think of................
Oh, my dear Margareth, dont´t you speak in such a loudly voice, please!?
You´re so right, Elizabeth, that portughese people aren´t they looking at us?
Oh those latins....
By the way, where´s Lizzie?
Late....as always!
Hopeless!
Disgusting!