sexta-feira, 8 de abril de 2011







Estalagem das palavras cansadas


















...mas pronto...





16 comentários:

augusto, um entre mil disse...

senhora,

vinha só bisbilhotar pois, não sei porquê, achava que não haveria novo post.

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e, talvez desejasse que não houvesse pois não me apetecia escrever.


mas, ao entrar, logo as duas primeiras imagens fizeram que o meu estado de espírito se sentisse em casa*. também agora continuo sem saber porquê e não me apetece ir pagar consulta para me esclarecer.

*e, o mesmo continuei a sentir em algumas outras. não em todas.

dizei-me, senhora, se o souberdes: é cara a estada nesta estalagem das palavras cansadas? é que ando mesmo a precisar de descansar o miolo. mas continuo sem saber porquê.

apresentando os meus respeitos me despeço...

augusto, um entre mil disse...

o quê!!!!??, oito de abril!!! eu já não vinha aqui há tanto tempo!!!!!!!!!!!!!!?

frioleiras disse...

e eu tb venho espreitar......

Lizzie disse...

Senhor e Frioleiras:

saibam que vos botei resposta de alguma larguesa mas, devido a imponderáveis da rede internáutica, suponho que semáforos no espaço, as respostas não entraram nesta caixa.

Segunda feira vos responderei com mais pausa. Se isto deixar.

Até lá e depois que


A ESTADA É GRATUITA!!!

Os meus nunca cansados respeitos!


(ai as horas...)

Lizzie disse...

Senhor, vamos lá ver se agora esta resposta entra porque esta coisa tem a mania hipócrita de dizer que "lamentamos mas não podemos satisfazer o seu pedido" e eu fico com mais um porquê por responder.

E o atraso na publicação deveu-se a outro porquê de lamento de crocodilo ou corcodilo (agora assim de repente a minha dislexia não sabe como se escreve o nome do pujante réptil e o cansaço nas palavras também não ajuda à resposta na posição do R).

E Senhor,às vezes ir pagar consulta na Clínica das Interrogações é capaz de ser o mesmo que ir à Corporación Dermoestética das Respostas porque, cá para mim, se uma pessoa liga muita importãcia a umas e às outras, elas pegam-se à vida como lapas e entretanto uma pessoa vai-se esquecendo de existir.

Sabei que há porquês a que encolho os ombros, levanto o queixo altivo e respondo com um redondo "porque sim" ou um bicudo "porque não" que são expressões irritantes para qualquer resposta que se digne. Mas paciência porque há emissores de porquês a quem não me apetece oferecer resposta completa atrás e à frente, ao princípio e ao fim e dos lados também.

Não é o vosso caso, que bem vos prezo como frequentador da estalagem e grande prazer tenho na vossa companhia tanto mais que nunca me haveis perguntado porque gosto mais de chá em chávena repousada em pires que em caneca.

Por tudo isto me despeço de vós com os mais esclarecidos respeitos

Lizzie disse...

Frioleiras:

escusas de ficar à porta, que bem te vejo a melena (sei lá se tens...:) tombada no lambril.

Senta-te ali e, se também tu andas com palavras cansadas, ninguém te obriga a botar faladura...o chá vai ser servido ao som da viola de gamba de Marin Marais, que por acaso, agora me está a apetecer ouvir.

Malher, é-me mais nocturno.

clickit disse...

Surgiu-me então o poema das "palavras" de Eugénio de Andrade - ao reparar que parávamos na mesma estalagem, em caminho cruzados.
Para mudar de cavalo, para beber uma caneca
para ouvir o vozear das gentes e pensar para dentro
"as palavras estão gastas".
Abçs

Lizzie disse...

Clickit:

Andam as palavras gastas e qualquer dia até os pensamentos se sentam num canto e ficam quedos à espera que as palavras grandes ressuscitem.

Por cavalos, os meus estão ali muito impacientes para a cavalgada. Com vontade de galope que o trote já lhes parece andamento que atrasa o tempo.

Vou parar numa estalagem en las cercanías de Toledo, Castilla la Mancha, pués claro, para ouvir e ver a imortalidade nunca cansada de Bach.
Provavelmente, até o vento parará para não incomodar a grandeza do Mestre e talvez as velas dos moínhos abracem as notas e os cantos.
En La Mancha, tudo é possível:)

Beijinhos

Alien8 disse...

Melhores que ovos da Páscoa, as tuas ilustrações! :-)

Uma Páscoa Feliz, Lizzie, e nbeijos de ambos!

augusto, um entre mil disse...

Senhora,

entre outras coisas, todas de bem, vos desejo que, quando em viagem, seja a vossa bagagem em menos quantidade que aquela que aqui mostrais.
lembro-me de que, em criança e em adolescente, nas férias grandes, a bagagem de que a família se fazia acompanhar era assim parecida com esta. uma trabalheira para transportar. apesar disso sinto saudades das estações de combóio apinhadas de gente e do cheiro das locomotivas a carvão.

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paisagens e paragens que possivelmente nunca mais visitarei


as pessoas, essas, de certeza nunca mais...


....apesar de algumas décadas terem passado, recordo-as com saudade e uma leve tristeza fica aqui à volta.



bem, são três e picos da noite e vou ver se durmo.


os meus respeitos.

Arábica disse...

Zizzie, minha encantadora de serpentes em performance final de curso, pois é como dizes. Já há muito as minhas foram de viagem e a conselho da curandeira que há em mim para a mesma estalagem. Dos cavalos a galope ainda não vi sombra. As minhas foram escorregando lentamente, como mulher ensonada recostada em confortavel canapé no meio do campo. Percebo-te e ainda assim, lamento, porque tantas vezes foste fonte de inspiração e riso bom para nós. Voltarão e voltarás. As minhas foram ter com Bem-Vinda, a das alfarrobas...espero destino tão feliz como este para as tuas. Ou melhor ainda. E porque sim, com o nariz arrebitado, até já e um abraço. :)

Arábica disse...

Sr. Augusto entre mil franjas bons olhos o vejam, senhor!! :)


Abraços para todos.
:)

Lizzie disse...

Oh Alien, my Alien

tu não me fales em ovos da Páscua (que te hei-de ir lá tirar) que ando em dieta embora manche a virtude com o roubo das gambas que se vão reproduzindo no frigorífico. Sei lá como, estão sempre lá:)

Mas nem assim, sem usufruir de manjares, me escapo de lavar a loiça.

Ai que digo que vou esperar que o cigarro acabe, que vou regar as plantas, que vou ver se A ou B está nas esplanada em frente a comer tapas ) nem a imitação inventada dos trejeitos da personagem do livro levezinho que ando a ler, ora em versão de inglês dobrado para espanhol em filme televisivo ora em inglês propriamente dito, me livram da tarefa.

Fica tudo a olhar para mim, com seriedade e dizem...(agora é que tu entras) que eu em Portugal não faço estas fitas... imagina tu como ponho o pé na fronteira e fico séria.:)

Obrigada sobretudo por seres bem aparecido e um grande abraço para los dos, coño!!

Lizzie disse...

Senhor:

Vejo que andamos a par nas horas de insónia, embora as minhas noitadas não possam ter tal nomenclatura.

E, Senhor, bagagem pasada, numerosa e desarrumada, só levo e trago dentro da cabeça.

Muitas vezes, se a viagem é habitual, só levo a roupinha que tenho no corpo e uma ou outra encomenda do que no destino não há ou é preciso para ter a sensação que ando com o mundo que deixei às costas.
Como se transportasse espaços.

(Às vezes as pessoas olham até para mim de uma forma esquisita. Talvez imaginem enredos acerca de quem se faz à viagem como se tudo abandonasse.)

Ao contrário de outras pessoas que conheço, quando viajo para sítio onde não tenho assento, sou de bagagem de pouca monta. E quantas vezes não me arrependo por não levar o que acaba por me fazer falta.

Tive uma tia que já não tenho que ia para todo o lado com os seus lençóis, almofada e toalhas. Por pouco não parecia uma vendedora de atoalhados na feira.

Senhor, sempre gostei de comboios. Talvez por causa do som, talvez por ser um transporte disciplinado e obediente no percurso, coitadinho, talvez por ser o mais romãntico de todos.

E as estações, como os aeroportos, são sítios onde todos os afectos, bons e maus se resumem e concentram. Ali as pessoas não têm arredores nos sentimentos.

Vou ver se me deito cedo, Senhor.

Os meus respeitos e agradecimentos, pouca-terra-pouca terra-pouca-terra uhhhhh

Lizzie disse...

Vanda:

a mim até parece que chegaste empoeirada com o galope dada a longa ausência.

Ora toma aqui guarida e dá de beber à montada.

Aqui volto sempre, se não em palavra, pelo menos em boneco que me exprime.

(Olha, agora estão-me a chamar. Daqui a pouco já volto. Até já...e fica com um abraço de boas vindas...)

Lizzie disse...

...e Vanda, foi mais longo o chamamento do que esperava.
Passou por jantar e ceia mas nenhum deles tendo na ementa ervilhas com ovos:))
mas antes o exercício da arte de bem depenicar e bebericar a toda la tapa.

E a modos que ando com umas palavras cansadas e com outras escondidas para não terem o mesmo destino trabalhoso das que se cansaram.
As estoiradas são sobretudo portuguesas profissionais, coitadas, que correm, correm, correm e nunca alcançam.

As que boto aqui vão com defeito (lá em cima escrevi Páscua em vez de Páscoa e faço lá ideia de quantos erros mais) mas descontraídas e quantas vezes relaxadas,mesmo quando tristes, por via da companhia das vossas.

Palavras contrariadas é que não costumo ter, não Senhora, sei lá se por contágio das esquemáticas, irónicas e curtas inglesas se por influência das disparadas, sanguíneas e desbocadas castelhanas.

Enfim, o que interessa, anyway, é que sejam razoavelmente confortáveis, coño!

Então, mais um abraço.