terça-feira, 5 de agosto de 2008


Não sei se por ideia ou promessa, entre alaúdes e violoncelos, vou tentar dobrar este intricado cabo das tormentas da história que é


o amor entre o som e o movimento





É tudo uma questão de ordem: a música são os sons ordenados no tempo e a dança, fazendo a média geral dos pensadores, é a ordem dos movimentos do corpo dentro de um determinado espaço e tempo. Em vez de ordem, apetecia-me botar expressão, mas de pensadora maratonista não tenho nada.

Com ou sem ordem e método, a mente reage emotivamente aos sons:





sempre se utilizaram os tambores para exortar à guerra, à actividade; os sopros para celebrar vitórias e/ou empolgamentos e nunca me esqueci que os sinos, tão versatilmente virados para a transcendência, têm origem nos chocalhos a adornar os pescoços das vacas, chamamento para que os deuses não se esquecessem da fertilidade das ditas mais da terra geradora de riqueza. Ainda hoje existem tribos índias que agitam tal adorno para chamar a chuva.

E o corpo reage fisicamente ao ritmo.





Com ou sem pé de chumbo, ortopédico ou similar, a tendência é para bater esta extremidade ou abanar a cabeça ao som de estruturas repetidas e cadenciadas. É impulso sem idade. Não requer grande técnica e faz bem.

Talvez por isso, toda a gente associe a dança à música, o que está longe de ser verdade completa, olhando, mesmo de soslaio, para a História e para outras culturas que não a nossa.

Por estas bandas europeias, durante séculos, compunha-se música para ser dançada por pessoas, em bailes de corte , em festas de feira ou rituais religiosos, com o intuito de que todos nela participassem (tecnicamente falando, danças de sociedade),




ou ordenavam-se sons para serem dançados por profissionais, muitas vezes para entreter o público, enquanto os cantores ou actores mudavam de roupa. É a dança de exibição.

Os compositores cingiam-se a regras muito próprias que iam mudando consoante o avanço e as modificações das técnicas de dança: quando Maria Taglioni transformou as pontas em arte, (até aí eram uma espécie de habilidades circenses), os compositores ajustaram tempos e modos a esta nova forma de dançar: com limitações por um lado, mas com outras excelências técnicas, por outro.


(aqui Maya Plisetskaya, um dos expoentes máximos do ballet romãntico do séc XX)

A música para dança deixou os floreados barrocos e clássicos (felizmente recuperados mais tarde) e entrou na emotividade e subtileza do romantismo.



Isto tudo para dizer que a dança estava dependente da música. Compunha-se e depois coreografava-se.

No princípio do séc. XX, houve uma corrente que libertou o movimento. A dança tornou-se arte autónoma. Interessava estudar a expressividade do corpo, a sua capacidade de contar histórias ou, tal como na pintura abstracta, reflectir sobre si própria, sem referências narrativas.

Ou seja, a dança deixou de ilustrar a música.

Em muitíssimos casos

a música passou a ilustrar a dança.

Dando um exemplo pratico, faz de conta que:


ando eu na minha vidinha e deparo-me com uma pessoa, com um livro, com uma frase, com um quadro, com um olhar, com uma história, com um filme, com um post, com o mar, com uma nuvem, com um som, comigo ao espelho, com o vizinho de costas, alguém e qualquer coisa e apetece-me traduzir o que vi, penso ou sinto em movimento.





(escrevo penso ou sinto porque não sou suficientemente intelectual para me pôr a estudar o movimento sem mais. Gosto das coisa narrativas ligadas à emoção e pronto, quem torto nasce…)

Nesta minha cabeça começo a desenhar movimentos no papel daquela circunstância que me tocou. Para uma ou para trinta pessoas. Não interessa. Como não interessa se lhe componho uma história ou não.





Hoje a arte da dança, como todas, é filha bastarda das normas e legitima da liberdade de inventar.

E, no passo seguinte, posso achar que os movimentos isolados, sem som, transmitem melhor o que quero dizer, perdão, expressar, perdão transmitir, ou simplesmente mostrar. Ou posso ir à procura de um ruído ou música(s) que sublinhe tudo. É um processo de lembrança-descoberta-eliminação.



Até posso encomendar a um compositor uma música especialmente composta para estes movimentos que inventei.

E ninguém me impede de impedir que a música se adeqúe ao tempo da dança: a movimentos lentos, pode corresponder uma música tresloucada de rapidez ou ao contrário, que nesta vida nem todos os corações batem ao mesmo compasso e tantas são as situações paradoxais.

Também me pode apetecer coreografar um texto, ou deixar que o texto me coreografe a mim.

Lembro-me de Wagner, do que achava que a arte não pode viver às fatias e que todas se relacionam com todas. Chamava-lhe ele Arte Total.





E lembro-me do adorado Tchaikovky, que, embora seguindo o libreto das histórias, sempre defendeu o rompimento das barreiras que fechavam as sinfonias, os concertos, as sonatas à dança.




E daquele que não gosto muito, Stravinsky, o mais revolucionário.

Por isso lhe digo, a quem me pediu alembradura, e olhando uma parte da coerografia, que eu escolheria, para aquele lamento, alaúde ou violoncelo.

Tem que ser um instrumento envolvente que se abrace, com um som que acaricie.

E também penso em quem irá dançar tal coisa. Se se dará bem com aquelas nuvens de som. Uma questão de respeito, já que são os bailarinos que a irão sentir do lado de dentro da pele.
Que, cada um à sua medida, lhe dará cor.
Porque quer no ballet, quer no contemporâneo, tudo vive da interpretação, a forma como se doseia o trabalho com a destilação do que se é capaz de sentir.




Mas, vindo primeiro a música ou a dança, e agora sem fazer de conta, a lição é sempre a mesma:

como na vida, o todo é sempre a soma das partes!



29 comentários:

Alien8 disse...

Lizzie,

Dobraste, com êxito, esse tal cabo das tormentas, o amor entre o som e o movimento. Lê-se e sente-se imediatamente que é mesmo assim, que foi essa a evolução.

Também me pode apetecer coreografar um texto, ou deixar que o texto me coreografe a mim.: Esta frase é notável, incrivelmente expressiva - e "impressiva", porque me impressionou bastante :)

As fotos, como sempre.

Este texto tem que ser divulgado. Vou fazer a minha parte.

Um abraço.

D. Maria e o Coelhinho disse...

VOU DE FÉRIAS COM O COELHINHO!

ATÉ BREVE!


Dª MARIA

nnannarella disse...

Ah, meu Arcanjo, que até me fizeste lembrar o empolgamento suicida de Mário Sá Carneiro… quando eu morrer batam em latas!

Pois dizem os antigos que a música nasceu, sim, com a poesia ( Orfeu, o triste filho de Calíope, que acabou estraçalhado pelas ménades)e são as duas que, primigeniamente, são associadas. Contudo, já as ditas ménades, considerando as imagens e outras descrições antigas, foram excelentes precursoras da dança contemporânea... digo eu... eh eh. Mas longe de mim querer meter a foice em seara alheia!
Certo é que foi uma bela história de amor, a que contaste. Uma daquelas ideais, que não acabam nunca, de intervenientes ligados e felizes nos seus altos e baixos...:)
Transes e transes!

pentelho real disse...

Lizzie, senhora,

fosseis professora certamente não haveria maus alunos.

a arte de ensinar está aqui. e também o amor à arte. a todas as artes.

um respeitoso beijo

Lizzie disse...

Alien,

olha que é uma questão tão complicada que é mesmo um cabo das tormentas. Muita gente se tem entretido a especular sobre o assunto.
Prefiro achar que é mesmo uma história de amor. E bonita.

E também é bom ter a consciência que não somos tudo. Que somos dependentes do que tanta gente fez ou faz. Por isso há textos que nos levam a coreografar aquilo que descobrimos, seja pelo lado da beleza pura seja pelo lado da empatia ou da revelação.

São textos, músicas, sons ou imagens que acordam o que não se sabia ou o que estava esquecido ou não notado. De certa forma dão-nos movimento, ainda que sentados ou meio adormecidos.

Obrigada

Abraço

Lizzie disse...

Dona Maria:

boas férias e não se esqueça que os COELHOS NÂO PODEM SER SUJEITOS A MUITO CALOR.

até breve!

Lizzie disse...

Meu Anjo,

não metes nada a foice em seara alheia que já a Isadora Duncan e a Martha Graham andaram por essas paisagens da história. Muito gostaram elas das ménades e pena devem ter tido de não terem com elas conversas.

E linda essa citação do Mário de Sá Carneiro, tão coreográfica.


Cá para mim este casamento vai ser eterno enquanto houver sensibilidade para sentir a música a tocar na alma. Sendo poeta, bailarino, coreógrafo, músico ou outra coisa qualquer mesmo que não tenha nada a ver com artes, o que interessa é sentir. De dentro para fora.

Há histórias que são universais.

E deixa estar, quando se separam, é por mera questão de arrufos de namorados. E tanto que gosto de os ver sorrir.

Enlevos e enlevos

Lizzie disse...

Alteza, de arte de ensinar nada sei. E fosse eu professora, tomar- me-ia o Demo quando perante mim se mostrassem insolências.
Tenho essa suspeita, Alteza!

Mas gosto de aprender, como vós, ao que noto e suponho.

Sabei que, com algumas excepções de gente fora do seu juízo, entre guerras e intrigas palacianas, sempre se salva a arte, todas as artes. Andam tempo fora, deleitando-nos mesmo quando muito antigas, sendo por vezes via de salvação.

Também eu vos beijo respeitosamente enquanto ouço o concerto em d maior para violino de Tchaicovky. Vêde como todos os estados da alma humana ali se descrevem.

Masturbatrix disse...

Acabei de compreender…. O truque!, :)
Mas quando há movimento o que tendemos sempre evitar é o som do choque, não? (bom, às vezes não! Podemos fechar os olhos durante e deixar os grandes espíritos satisfazerem-se...:).
Bem, mas este texto para o ignorante, ou especialista em outras "filosofias"(eu), achei-o muito bom, mesmo excelente! E chegar a este nível de reflexão e sabê-lo sintetizar deste modo revela uma certa inspiração. Ainda mais com o traço de humor que aprecio. Irresistível... Em suma: Bravo! Agradeço-lhe a informação.
Resta-me pois a felicidade de apreciar na condição de "pé de chumbo", sob ambiente de iluminação moderada, a partir de baixo, que continua a ser o melhor lugar, o resultado do processo artístico dos vossos egos, traduzido no encanto dos movimentos e sons dos vossos "pássaros e borboletas" bailarinas, em ondulações no ar, sem caírem.... Saio sempre surpreendido e, muitas vezes, divertido. Noutras, talvez por erros de "métrica" do autor, um pouco perdido...com a ideia de que quem caiu fui eu, de nariz no chão...
:)

Haddock disse...

...

e nós que julgávamos conhecer toda a aldeia dos gauleses...

e sabeis que mais, lizzie?? ao lermos mais esta vossa instrutiva prosa decidimos inscrever-nos no "dança comigo"!! uma oportunidade para darmos a conhecer ao público os nossos dotes pisais e para desmistificar o "pé de chumbo", que bem pode inaugurar novo movimento artístico. imaginai quão bela seria uma dança lenta e arrastada, só aparentemente descompassada, já que obrigaria o dj ou mesmo a viva orquestra a adequar a música à emoção dos nossos passos...
e iremos descalços!! por todos os motivos e mais este: flamenco não é o nosso forte e é estilo damasiadamente fácil para as nossas ambições...


vénia...

Vanda disse...

Bravooooo!



Sentido, magnificamente expresso, um cabo das tormentas que se elevou ao expoente maximo :)


E assim nos encantam e assim nos encantamos!


Contigo, aqui também por escrito, com a tua escrita, sabedoria e sensibilidade!

As fotos perfeitas!

Um abraço. Sim. :)

Lizzie disse...

Masturbatrix,

o som dos choques (ou os choques do som), é passageiro. Às vezes sem choques não há evolução. O Stravinsky bem que provocou barulho.
E olhe que por conversa confusa e satisfeita dos grandes espirítos o público cai mesmo de nariz no chão.Tantas vezes fico com o nariz esborrachado como um boxeur depois de sova.

Não foi há muito tempo que duas espanholas (uma delas professora convidada de um alta instãncia de dança) e eu, tentámos decifrar o que dizia um artigo de critica a um espectáculo num jornal português. Ai, as voltas que demos. Depois de labirintar a hermenêutica da coisa, lá percebemos (ou não). Ainda tenho as minhas dúvidas metódicas. Podia ser tudo dito em vinte linhas e toda a gente, mesmo os "ignorantes", teria percebido.

Mas enfim, para muitas "filosofias":)a complicação é sinal de sabedoria.E, se calhar e no que sei, nestas coisas entram as minhas costelas inglesa e espanhola. Portanto obrigada pelo seu elogio.

Quanto ao trabalho e aos "egos":o primeiro, dói que se farta; em relação aos segundos, olhe que nem sempre é o que parece. Ainda hei-de botar aqui conversa sobre isso. Outro cabo das tormentas com subida ao Evereste.

Obrigada mais uma vez.

Lizzie disse...

Capitão,

ansiamos, não vemos a hora de vos vermos arrastando pés e "arrasando" no "dança comigo", vestido de calças justas e a reluzir lantejoulas de peito à mostra como se houvesse faltado tecido para o figurino. Bate-nos até o coração a 200 por minuto, taquicárdicas de todo. E a sensualidade da brilhantina no vosso negro cabelo asa de corvo...
e a vossa altivez ao ouvir o veredicto do italiano.
Somos solidárias convosco e de casa levaremos rolo da massa escondido no tutu, não vá tal peste de cascata coreográfica de salão sugerir insulto aos vossos passos inovadores.

Vós? Flamenco? Nem de rastos. Para vossos pés só de William Forsythe para cima. Upa,upa. E evitai que Pina Bausch vos vislumbre que muito brigará com Barishnikov para vos ter no elenco.

Nova escola é que não criais. Inventai outra, que essa de ir descalço, arrastando com dj ou orquestra da Emissora Nacional, ou Jorge Costa Pinto, tocando atrás de vosso improviso, já é coisa vista.

Continência

Lizzie disse...

Vanda,

eu bem queria fazer uma vénia à russa, mas os bicos de papagaio, a fraqueza das cápsulas nos tornozelos não sei se me deixam...e o joelho...e o ombro não dá mais que isto...



aiiiiiiiíííí!

dá-me a mão para eu me endireitar...

então,e agora?


Beijinhos:)

Maria Trindade Goes disse...
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Vanda disse...

Lizzie :)

Agora?

Agora com essa dos bicos de papagaio lembras-me alguém ;)

...mas isso é outro filme :)

Agora?

Resta-nos dançar, coreografar a nossa vida, movimentar-nos na musica ou musicalizarmos os nossos movimentos, crescer qb quando a vida o exige, agigantarmos-nos quando a alma se incorpora...aceitar o ritmo, o papel que nos cabe, fantasiar o cenário e inventar tinta para o construir, enobrecer o silêncio e quando os bicos de papagaio não nos permitirem vénias...lembrarmos-nos sempre que os olhos também dançam e o coração também sorri :)e que o inverso também é viável e não tem menos graça no gesto :)

:) enquanto as mãos aplaudem :)

Lizzie disse...

Vanda,
agora já me levantei e não foi preciso o emplasto Leão...mas daqui a vinte anos, se tanto, a gente fala!

O teu comentário fez-me lembrar um provérbio do norte de África também muito utilizado nas terras portuárias mães do flamenco:

"Se podes falar, também podes cantar,se podes andar também podes dançar".

É tudo uma questão de pôr movimentação nos sentidos, nos sentimentos.

E, parafraseando a Plisetskaya (deve estar mal escrito) do Alien, quando uma arte toma conta de uma pessoa, é domínio ditador para toda a vida.

E que cada um dance com os pés, as mãos e a alma que tem.


Muito obrigada por aqui e por lá.

Beijinhos

Frioleiras disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Frioleiras disse...

o todo a soma das partes?

querida lizzie, acho que já não!...

Já estamos demasiado avançados ...
agora é a era do individualismo logo da independência de cada um
o que, em certo modo poderá ser corolário de liberdade...

Bem, na dança

as minhas heroinas foram:

Galina Ulanova - a heroina da minha Mãe
e
Pina Bausch a minha heroina............


cada uma no seu galho.............

(vejo pouco ballet ao vivo e no mezzo adoro vê-lo em operas barrocas.
Presentemente... são as minhas incursões pela dança...
apenas!)

Lizzie disse...

Frioleiras,

Há de facto um certo individualismo excessivo nas artes como sempre houve em algumas épocas.

Na dança e continuando com o hoje, há de tudo. Há os que só falam e teorizam tanto acerca das suas próprias opções que lá vão confundindo dança com performance ou happening.

Felizmente há outros que tomando como base a História e as outras artes trabalham como artífices, ou seja, com a consciência que há sempre alguma coisa ou alguém, sei lá, algum mestre, que pode engrandecer a obra.

Ninguém pode criar nada fechado na vaidade da sua própria ilha deserta.

Quanto á Galina Ulanova, marcou uma época e um estilo bem definido na escola russa,pela qual, confesso, não morro de amores.

Tenho algumas preferidas nesta ou naquela obra. Tanto no clássico como no contemporãneo. Algumas tocaram-me tanto que ainda dançam e dançarão na memória.
Uma delas é portuguesa,Ana Lacerda da Companhia Nacional de Bailado, por ter algumas características especiais como bailarina.

Pina Bausch, pois claro! Já tenho dito aqui e noutros sítios, que a minha especialidade foi a dança teatro com muita Graham à mistura:)
Tem a vantagem de misturar tudo e

tu não me fales de música barroca que eu começo já aqui aos pulos...e não páro. Só quando cair para o chão.E só não faço pontas porque acabo no hospital. É das tais que se sente nas fibras do corpo e faz voar até á curva mais longinqua do Universo.

Bom fim de semana

Vanda disse...

Lizzie,

...já li vários livros, que falam que só há dois tipos de pessoas...uns dividem-nos em poder e amor, outros, em quem não consegue sentir e quem sente a música...

...eu, meia a sério, meia a brincar, num jeito surrealista como é hábito, celebro os que, vão tendo o poder de por amor, sentir a música...

Grata eu.

Sempre. Pelos pratos e alegrias.

Gaivotas e outras memórias.

Um beijo bom fim de semana.

Vanda disse...

Realmente a foto é sublime!


A perfeição das linhas, o intuir do movimento.


Mais um beijinho

Alien8 disse...

Lizzie,

Já vi.
Excelente foto!

Obrigado e um abraço de boa semana.

tolilo disse...

vou de férias com a minha tia Lígia!

Chuac -!
e
até breve !!!!

Lizzie disse...

Vanda:
essa tua frase não é surrealista: é a síntese de um ideal!

Quanto a fotografias desta Maya, tenho uma colecção. Uma delas até emoldurada, lá no sítio a que chamo o meu santuário. Ou cofre de afectos e modelos. Para lavar a alma da sujidade dos dias.

Boa semana, beijinhos!

Lizzie disse...

Alien,
as fotografias do registo do movimento são quase todas bonitas.
Aqui alia-se a aparência da suspenção com o carisma do modelo.:)

Boa semana também para ti.

Abraço

Lizzie disse...

Tolilo,

tem boas férias com a tua tia.
Porta-te bem, rapaz, e vê lá se não te sujas de azul. Ou branco. Ou preto.
Ou verde.

Lola disse...

Lizzie

Tenho estado a ler-te e a ouvir a Cesária, do Alien

E na minha cabeça os bailarinos das tuas fotografias movem-se e dançam divinalmente...

A arte tem sempre muita aprendizagem e um trabalho inesgotável por trás, mas eu, que não sei dançar, posso apenas imaginar os bailados magnificos que tu nos ensinas.

Beijos

Anónimo disse...

Lizzie magnifico. Escritas frescas soltas fictantes.