tag:blogger.com,1999:blog-7765715316049751190.post6298109045696054292..comments2023-10-20T13:22:00.310+01:00Comments on ...e, já agora...: Lizziehttp://www.blogger.com/profile/14058205069787733474noreply@blogger.comBlogger10125tag:blogger.com,1999:blog-7765715316049751190.post-6648843376151040152008-04-22T12:16:00.000+01:002008-04-22T12:16:00.000+01:00Cara Alteza:Muito me alegro com o Vosso contentame...Cara Alteza:<BR/><BR/>Muito me alegro com o Vosso contentamento, assim sabendo que mesmo sem letras a Lua vos trouxe boas novas quer através da minha modesta pena, que muito folgo seja do Vosso agrado, quer da outra que haveis recebido.<BR/>Jubilemos a felicidade nestas horas.<BR/><BR/>Reverencialmente Vossa<BR/><BR/>LizzieLizziehttps://www.blogger.com/profile/14058205069787733474noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7765715316049751190.post-52257971680156732932008-04-21T18:05:00.000+01:002008-04-21T18:05:00.000+01:00amiga e senhora lizzie,li e reli esta sua encantad...amiga e senhora lizzie,<BR/>li e reli esta sua encantadora missiva.<BR/>foi a segunda carta que li nas últimas 24 horas e ambas me deram muita satisfação. Por motivos diferentes: esta porque me encanta tudo o que de seu tenho lido; a outra, porque, por motivos pessoais me alegrou.<BR/><BR/>sabieis que ontem foi noite de lua cheia? estava linda a lua. a partir de hoje vai começar a ficar mais pequena mas não faz mal. estou feliz...pentelho realhttps://www.blogger.com/profile/14605338243935459156noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7765715316049751190.post-90984453611470468612008-04-21T11:59:00.000+01:002008-04-21T11:59:00.000+01:00Mi Emma:É isso mesmo: nas cartas manuscritas há um...Mi Emma:<BR/><BR/>É isso mesmo: nas cartas manuscritas há um toque que se faz presença.<BR/>Boa essa tua lembrança da guerra colonial. Letras de saudade e aflição.<BR/><BR/>E, se calhar, com muitas cartas se fez história. Na dança, por exemplo, foram um bom meio de a fazer. No séc. XVIII, houve até uma espécie de espionagem através delas. Roubavam-nas para saber o que as e os rivais se preparavam para fazer de forma a causar mais estrelato e sensação. Na chamada época da Dança Moderna também se soube muito sobre as ideias inovadoras e suas consequências através das cartas escritas pelas mentoras das novas formas. <BR/><BR/>E a correspondência do Van Gogh? Ainda hoje se estuda a progressão da doença através dos gatafunhos cada vez mais desordenados.<BR/>Duvido que daqui a anos se faça história com os mails e sms apagados.<BR/>Nasce quase tudo para passar e esquecer sem fonte própria, pessoal e mais profunda.<BR/>Acho eu.Lizziehttps://www.blogger.com/profile/14058205069787733474noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7765715316049751190.post-55750936209635914162008-04-21T11:36:00.000+01:002008-04-21T11:36:00.000+01:00Capitão:Folgamos que vossa letra seja assim-assim,...Capitão:<BR/>Folgamos que vossa letra seja assim-assim, já que a nossa só é legível por quem a ela se vai habituando. Tivemos suplício de caderno de duas linhas. Já não nos bastavam os erros ortográficos.<BR/><BR/>Como desde muito cedo andámos de um lado para o outro, fomos guardando todas as cartas. Uma forma de não nos perdermos o rasto ou de criar um território fixo.<BR/><BR/>E, tendes razão, são uma forma de nos rirmos de nós com muita ternura pela mansa ingenuidade. Vamos vendo pelo o que nos escreviam como os outros e nós vamos mudando. Estou-me a lembrar de um namorado que tivemos que, nós com quinze e ele com dezassete, nos escrevia com vastos pormenores de casamento católico para breve. Estávamos lá nós para aí viradas com tanto mundo para correr…<BR/> Pois o infante não casou e muda de mulher de mês a mês.<BR/><BR/>Quanto a publicidade enganosa, embirramos especialmente com as cartas das Finanças na sua relação custo-benefício.<BR/><BR/>ContinênciaLizziehttps://www.blogger.com/profile/14058205069787733474noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7765715316049751190.post-31241702699179880112008-04-18T23:20:00.000+01:002008-04-18T23:20:00.000+01:00Ainda no outro dia, em certas circunstâncias, tive...Ainda no outro dia, em certas circunstâncias, tive de escrever um texto sobre as razões por que hoje ninguém guarda os e-mails que recebe e antigamente se guardavam as cartas durante anos, às vezes séculos. E entre muitas coisas que então dizia, recordava as mães analfabetas que durante a guerra colonial traziam sempre na mala a última cartas recebida do filho que estava na guerra. Não porque pudessem lê-la mas porque o contacto com ela lhes permitia trazer o filho embalado e guardado quanto era possível. <BR/>Tocando nas letras que outro desenhou fazemos-lhe uma festa. <BR/>E aquelas cartas, da tonta e ingénua adolescência, em que se escrevia ao namorado e depois se deixava cair na tinta um pingo de água para fingir que era uma lágrima? <BR/>Tantas carícias e enganos e falas silenciosas e mímicas entre linhas que o e-mail não autoriza!Emma Larboshttps://www.blogger.com/profile/17578977527226254557noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7765715316049751190.post-44766423480686880182008-04-18T21:02:00.000+01:002008-04-18T21:02:00.000+01:00lizzie, excelente pretexto!infelizmente, já nos de...lizzie, excelente pretexto!<BR/>infelizmente, já nos desabituámos das epístolas.<BR/>só as escrevemos para quem reclama formalidade e pouco mais... e até temos um letra assim-assim!<BR/>mas adorávamos, mais do que escrevê-las, lê-las.<BR/>e não só as que nos tinham por destinatários...<BR/>e ainda hoje relemos missivas antigas por acto masoquista ou de saudade ou simplesmente para rir. rir de nós e também dos outros, embora com afecto, que não somos assim tão cínicos...<BR/>de resto, na tradicional caixa de correio só aparece publicidade enganosa e contas para pagar.<BR/>excepcionalmente, postais de quem está de f***** ou a celebrar o n*****.<BR/><BR/>tema giro...<BR/><BR/>vénia...Haddockhttps://www.blogger.com/profile/03513586381184153042noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7765715316049751190.post-49108308321736477142008-04-18T11:28:00.000+01:002008-04-18T11:28:00.000+01:00Casa de Passe:aqui apanha-se tanto sol e tanta lua...Casa de Passe:<BR/>aqui apanha-se tanto sol e tanta lua com calma e vagar que não há:<BR/>gonorreia<BR/>HPV<BR/>SIDA<BR/>hepatites B, C ou D<BR/>sífilis<BR/>tubercolose cutãnea, pulmonar ou óssea multiresistentes<BR/><BR/>e BSE também não consta.<BR/><BR/>Se se apanhar alguma que seja o "major vírus" da gripe das aves.<BR/>Aqui toda a gente gosta de voar, mesmo que tenha os pés assentes na terra.<BR/>Percebido?Lizziehttps://www.blogger.com/profile/14058205069787733474noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7765715316049751190.post-3632207404043441262008-04-18T11:19:00.000+01:002008-04-18T11:19:00.000+01:00Querida Cici:Ainda bem que também gostas das carta...Querida Cici:<BR/><BR/>Ainda bem que também gostas das cartas escritas à mão. Se tivesses vivido nos anos trinta talvez tivesses recebido uma da senhora americana que vivia naquela cabana. Ainda lá estão a cadeira e a secretária mais os apetrechos de escrita onde ela desaguava toda a loucura avulsa e inocente que lhe ia na alma.<BR/><BR/>Quanto a mim, convivo com o velho e com o novo. Também gosto de receber mails. Ainda ontem, enquanto falava com uma amiga ao telefone, recebi um de Espanha com uma fotografia cheia de história e dança lá dentro. Quase se levantou e me deu um abraço.<BR/><BR/>Escrever à mão pode ser uma forma de afagar à distância. Transporta o cheiro e o toque. Já reparaste nas diferentes maneiras como cada pessoa dobra um papel? <BR/>Há quem o vinque com força, há quem pareça ter medo de o magoar, há quem eleve as mãos até à altura do peito na fronteira entre a face e o coração. As tais coisas e gestos simples que dizem tanto, com ou sem arestas nos traços.<BR/><BR/>Lá também recebo o folheto publicitário do Carrefour: cinco cds por el precio de dos (esta semana Mozart por von Karajan), cinco libros por siete com cinquenta ( e já se sabe que um há-de ser do Saramago).<BR/>Ontem além do folheto do Lidl, dum convite da FNAC e das notícias do ACP, tinha um anúncio do “fabuloso baile dançante na sociedade recreativa******, abrilhantado pelo maravilhoso conjunto musical Irmãos Pereira e pela extraordinária acordeonista Soraia Gomes.” <BR/><BR/>Muitos beijinhos para ti com agradecimentos pelo teu excelente comentário<BR/><BR/>Lisboa, 18 de Abril de 2008-04-18<BR/><BR/>Tua<BR/><BR/>LizzieLizziehttps://www.blogger.com/profile/14058205069787733474noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7765715316049751190.post-88498482508018843622008-04-18T01:46:00.000+01:002008-04-18T01:46:00.000+01:00Lizzie, está bem ?Não terás apanhado demasiado sol...Lizzie, está bem ?<BR/>Não terás apanhado demasiado sol?<BR/><BR/>Coisas dessas já não se usam. É perda de tempo, menina, se queres viver a vida. hoje já ninguém liga a epístolas. quere-se é actos<BR/><BR/>e nós, lá por casa, actuamos muito.casa de passehttps://www.blogger.com/profile/14345945473747408563noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7765715316049751190.post-5121703878537215662008-04-17T18:22:00.000+01:002008-04-17T18:22:00.000+01:00Querida Lizzie:Também eu gostava de viajar no temp...<I>Querida Lizzie:<BR/><BR/>Também eu gostava de viajar no tempo e poder escrever a presente numa folha de bloco A5 (ou era A6?) desenhando letras com uma tinta permanente a escorrer em linhas azuis. Infelizmente parece que o progresso por todos ansiado também nos vai afastando de algumas práticas tão cheias de fascínio como é esta de escrever cartas à mão. Perdemos o prazer de abrir a caixa do correio e amaciar os dedos em sobrescritos repletos de novidades, saudades, melancolias, tédios ou alegrias, desabafos aos montes e outros estados de alma e emoções. Agora temos que nos contentar com as cartas da EDP, da EPAL, da Lisboa Gás, dos bancos, os folhetos do Lidl e do Pingo Doce, os cartões de visita de pessoas que arranjam esquentadores e fogões, de engomadorias e empresários em nome individual que montam marquises a preços módicos com orçamentos grátis. É que agora já nem há daquelas cartas das Selecções do Rider's Digest brilhantemente personalizadas em 'mail merge' com uma senhora com ar de empresária a olhar-nos nos olhos e um sorriso de plástico a ver se nos convence com um parlapiê standard que aquele texto é só para nós. Nadica. Aderimos completamente à prática da escrita computorizada e abdicámos daquilo a que chamas o bater do coração da caligrafia. As cartas perderam encanto, é certo, mas apenas na forma, porque os conteúdos continuam a ser os mesmos, interessantes ou não dependendo de quem os escreve. E a emoção de receber um e-mail de alguém que tem uma conversa atraente, essa não se perdeu. Só que em vez de nos aparecer na caixa do correio à entrada de casa, surge-nos por artes mágicas sob a forma de envelope minúsculo no canto inferior direito de uma coisa chamada monitor. <BR/>Tu falaste mais na criatividade e na sedução do acto de escrever cartas à mão. Eu respondo mais em registo de destinatário desencantado.:) Gostava de ter recebido uma carta daquela senhora que escrevia para destinatários ao acaso. Havia de ser muito divertido! :)<BR/><BR/>Obrigada por esta bela epístola sobre as coisas fascinantes. <BR/><BR/>Beijinhos<BR/><BR/>Cici<BR/><BR/>Lisboa, 17 de Abril de 2008<BR/></I>Graça Briteshttps://www.blogger.com/profile/13532410173823050358noreply@blogger.com